Hoje, 8 de março, celebramos mais do que uma data. É um momento de reconhecimento e gratidão às mulheres que, com coragem, sabedoria e sensibilidade, transformam o mundo todos os dias. O Dia Internacional da Mulher não é apenas comemorativo, mas também um chamado à reflexão sobre as lutas e conquistas femininas por igualdade, respeito e oportunidades ao longo da história.
Neste dia especial, o Arquivo Afonso Pereira presta uma homenagem sincera a todas as mulheres que nos acompanham e que constroem, com sua força e resiliência, a história da Paraíba e do Brasil. Cada uma de vocês representa a essência dessa caminhada coletiva em busca de um futuro mais justo, onde a voz feminina seja respeitada e amplificada.
Ao relembrar a trajetória das mulheres que marcaram nossa história, destacamos, em especial, Clemilde Torres Pereira da Silva (1924-2013), fundadora do Arquivo Afonso Pereira. Nascida em Araruna-PB, e sendo a primogênita de sete irmãos, Clemilde, desde cedo, trilhou um caminho de protagonismo feminino. Além disso, diplomou-se professora pelo Colégio Sagrado Coração de Jesus, em Bananeiras-PB, em 1942. Posteriormente, iniciou sua jornada no serviço público já nos anos 1940, atuando, de maneira pioneira, em cargos de liderança no governo estadual.
Clemilde foi superintendente e presidente interina da Fundação Padre Ibiapina, conselheira do UNIPÊ e, em 1997, fundou o Arquivo Afonso Pereira, instituição que até hoje é referência em memória cultural e educacional da Paraíba. Além disso, integrou a Academia Feminina de Letras e Artes da Paraíba e a União Brasileira de Escritores, ocupando espaços de destaque em ambientes predominantemente masculinos.
Seguindo os passos da avó, Daniella Pereira, atual presidente do Arquivo Afonso Pereira, dá continuidade ao trabalho iniciado por Clemilde. Desse modo, mantém viva a missão de preservar a memória e a cultura paraibanas. Além disso, Daniella também dirige o arquivo com dedicação e ocupa a cadeira nº 35 da Academia da Mulher Cabedelense de Letras, Artes e Ciências (AMCLAC). Por meio dessa atuação, ela reforça seu compromisso com a valorização da cultura, das letras e das ciências.
Daniella representa a nova geração de mulheres que lideram instituições culturais, reafirmando a importância do papel feminino na preservação do patrimônio e no fortalecimento da identidade regional. Sua atuação evidencia que o legado de Clemilde não apenas permanece, mas continua se expandindo, inspirando novas mulheres a ocuparem espaços de destaque.
A trajetória de Clemilde e Daniella dialoga com a de tantas mulheres que, ao longo dos séculos, desafiaram padrões e romperam barreiras. Durante o século XX, o espaço da mulher na sociedade brasileira passou por importantes transformações. O acesso à educação, à participação política e ao mercado de trabalho ampliaram-se gradualmente, fruto da luta coletiva pelos direitos das mulheres.
No Brasil, a conquista do direito ao voto feminino em 1932 foi um marco fundamental. Nos anos seguintes, as mulheres passaram a ocupar cargos públicos e lideraram movimentos por igualdade de direitos. Contudo, a jornada continua. O Dia Internacional da Mulher permanece como um lembrete da necessidade de fortalecer políticas de equidade e combater a desigualdade de gênero.
Neste 8 de março, celebramos Clemilde Torres e Daniella Pereira como símbolos de todas as mulheres que marcaram e continuam a marcar a história da Paraíba e do Brasil com coragem, inteligência e sensibilidade. Suas vidas são inspirações para as futuras gerações que, assim como elas, lutam e sonham com um mundo melhor.
Que este dia seja de homenagem e reconhecimento, mas também de renovação do compromisso com a igualdade de oportunidades e o respeito a todas as mulheres.
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