Clemilde Torres. Foto: Arquivo Afonso Pereira.

Clemilde Torres. Foto: Arquivo Afonso Pereira.

Antes de mais nada, Clemilde Torres Pereira da Silva nasceu como Clemilde da Câmara Torres em 27 de abril de 1924 na cidade de Araruna-PB. Sendo a primeira dos sete filhos do casal, Gustavo Olavo Torres e Clarinda da Câmara Torres. Dessa forma, Clemilde Torres Pereira da Silva diplomou-se como professora pelo Colégio Sagrado Coração de Jesus, equiparado à escola normal do Estado da Paraíba, na cidade de Bananeiras-PB, em 22 de novembro de 1942.

Posteriormente, em 21 de Maio de 1945, Clemilde recebeu o certificado de habilitação nº 9.046 da divisão de seleção do departamento administrativo do Serviço Público Federal. Tal documento, servia para provimento em cargos da classe inicial da carreira de datilógrafa do Serviço Público Federal. Além disso, dentre tantos cargos que exerceu durante sua trajetória profissional destacam-se: 

  • Auxiliar de escritório do quadro único do estado no governo Rui Carneiro – 1943. 
  • Chefe de pessoal do protocolo fichário e arquivo do gabinete do governador do Estado da Paraíba no governo de Oswaldo Trigueiro de Albuquerque.
  • Superintendente da Fundação Padre Ibiapina – 1984.
  • Presidente Interina da Fundação Padre Ibiapina – 1989. 
  • Conselheira do UNIPÊ – 2008. 
  • Fundadora do arquivo Afonso Pereira – 1997.
  • Membro da Academia Feminina de Letras e Artes da Paraíba; cadeira número 3 tendo como patrono a professora Olivina Olívia Carneiro da Cunha; e da União Brasileira de Escritores.

O casamento

Em sua trajetória de estudo Afonso Pereira logo galgou espaço para atuar como professor no seminário que outrora estudou. Radicando-se em definitivo na cidade de João Pessoa de onde partiu para a cidade do Recife entre Idas e Vindas em busca de sua formação em Direito. Nesse transitar envolve-se em várias frentes apesar de seu estilo calmo era um homem de grandes inovações exercia várias atividades ao mesmo tempo dentre as quais ensinava teatro atividade que escreveu, dirigiu e atuou. Nesse fazer conhecer uma de suas alunas Lisete Torres que em meio a Festa das Neves apresenta-lhe a jovem Clemilde Torres com quem tempos depois contraiu matrimônio.

Ao entrar na igreja vestida de noiva, Clemilde optou por levar nas mãos o livro poemas românticos brasileiros segundo uma coletânea de poemas de Manuel de Araújo Porto Alegre Gonçalves de Magalhães Gonçalves Dias e Álvares de Azevedo ao invés de um buquê de flores.

Do entrelace entre Afonso e Clemilde a família se construiu pautada pelo espírito religioso e Franciscano de Afonso Pereira devotados na fé. Mantendo em casa um altar para as orações, sendo frequentadores assíduos da Igreja Católica Apostólica Romana.

Clemilde e Afonso casaram-se na cidade de João Pessoa em 11 de fevereiro de 1950. A cerimônia foi realizada pelo juiz Clímaco Xavier da Cunha e teve como testemunhas Clóvis dos Santos Lima e Lauro Arruda Câmara.