No contexto do pós-guerra, mais especificamente em 4 de novembro de 1945, a Sociedade de Cultura Musical (SCM) promoveu a criação da Orquestra Sinfônica da Paraíba (OSP). Nessa época, o interventor Samuel Duarte governava a Paraíba, tendo assumido o cargo após afastarem o antigo titular.
Inicialmente, a primeira fase da Orquestra Sinfônica da Paraíba contou com o maestro Francisco Gomes Picado como regente titular e o desembargador Paulo de Moraes Bezerril como presidente. Ademais, o corpo de instrumentistas era totalmente amador e composto por 50 integrantes. Contudo, ao longo dos anos, a orquestra teve outros regentes, tais como Carlos Veiga, Eleazar de Carvalho e Eugene Egan. Além disso, convidaram regentes renomados, como José Alberto Kaplan, Aylton Escobar, Aldo Parizoti, James Frederick Spann, entre outros.
Primeiramente, diversos presidentes se sucederam na administração da orquestra, como Afonso Pereira da Silva, Giácomo Zaccára e Domingos de Azevedo Ribeiro. Entretanto, a orquestra passou por diferentes fases ao longo de sua história. Por exemplo, durante a administração do governador Pedro Moreno Gondim, o governo do estado oficializou a OSP pela Lei número 3345/1965, e, consequentemente, o maestro Arlindo Teixeira assumiu como regente titular. Sob sua regência, nessa fase, consideravam a orquestra como semi-profissional.
Durante o governo de João Agripino Maia, a orquestra foi desativada e seus membros foram realocados em outros órgãos estaduais. No entanto, somente no governo de Tarcísio de Miranda Buriti, e em convênio com a Universidade Federal da Paraíba, a orquestra voltou a funcionar, dessa vez como uma estrutura inteiramente profissional. Paralelamente, a criação da Orquestra de Câmara da Paraíba também ocorreu no governo de João Agripino, por meio do decreto nº 5.103/1970.
Atualmente, o estado da Paraíba conta com várias orquestras na capital, como a Orquestra Sinfônica da Paraíba, a Orquestra Sinfônica Jovem, a Orquestra Sinfônica Infantil, a Orquestra de Câmara Juvenil, o Quarteto de Cordas da Paraíba, além do Quinteto Itacoatiara. Essas conquistas na área musical são resultado dos esforços de um grupo de jovens idealizadores da Sociedade de Cultura Musical, que foi responsável pela disseminação da música no estado por mais de 20 anos, em parceria com a iniciativa privada estadual.
É importante ressaltar que os registros sobre a SCM tornaram-se mais escassos à medida que a Universidade Federal da Paraíba assumiu a responsabilidade do ensino da música no estado e devido ao contexto do regime militar instaurado em 1964. Esse regime impôs restrições e perseguiu determinados grupos, como os comunistas e estrangeiros. Entre eles estavam Luiz Hugo Guimarães e Rino Visani. Mesmo Visani sendo naturalizado brasileiro, o obrigaram a retornar à Itália.
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