Indiscutivelmente, a história de Afonso Pereira está profundamente conectada à Academia Paraibana de Letras (APL). Em 21 de junho de 1966, ele tomou posse na APL e, ao fazer isso, ocupou a cadeira anteriormente pertencente a Rodrigues de Carvalho. O acadêmico Dr. Clóvis Lima o recebeu. Notavelmente, ele assinalou sua entrada na academia com um discurso brilhante. Este discurso, composto por 74 páginas datilografadas em 37 volumes, permanece até hoje como um dos mais completos trabalhos biográficos sobre Rodrigues de Carvalho.
Após sua posse, a dedicação de Afonso Pereira à APL não diminuiu, mas sim ampliou-se. Em 20 de maio de 1978, ele alcançou outro marco ao ser eleito para a presidência da academia. Posteriormente, exerceu dois mandatos consecutivos, estendendo sua liderança até 14 de abril de 1984. Durante esse período, sua proeminente atuação como administrador não passou despercebida. Em reconhecimento, os próprios acadêmicos lhe renderam homenagens. Como resultado, ele foi agraciado com uma placa especial, uma honra entregue pelo imortal Luiz Augusto Crispim, destacando seu excepcional trabalho à frente da instituição.
Além de sua destacada atuação como presidente, em 11 de novembro de 1978, Afonso Pereira marcou presença no lançamento da Revista da Academia Paraibana de Letras. No entanto, não foi apenas nesta ocasião que ele demonstrou sua competência. De fato, sua habilidade em organizar e administrar se tornou incontestável quando, por meio de sua influência e vasto conhecimento, ele garantiu a assinatura de um contrato com o Estado. Este acordo resultou na construção de um anexo para a APL, abordando diretamente o desafio da falta de espaço. Portanto, Afonso solidificou seu legado em benefício dos imortais da APL, atestando mais uma vez sua maestria administrativa e prestígio.
A trajetória de Afonso Pereira na Academia Paraibana de Letras é um testemunho de sua dedicação e compromisso com a valorização da cultura e literatura paraibana. Sua atuação como imortal e presidente da APL fortaleceu os laços entre a academia e a sociedade, consolidando seu papel como um dos grandes protagonistas na preservação e promoção do patrimônio literário e intelectual da Paraíba.
“A imortalidade que a Academia Paraibana de Letras me atribuiu coloca-me na posição de quem começou uma carreira e não de quem fundou. Mas vivo assim estarei e não me faltarei da luz que Os Imortais acenderam nos meus caminhos de frágil mortal.”
Afonso Pereira
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