Afonso Pereira da Silva nasceu em Bonito de Santa Fé, cidade da microrregião de Cajazeiras, no Alto Sertão paraibano, em 30 de outubro de 1917. Ele foi o último dos sete filhos de José Pereira da Silva e Querubina Pereira da Silva. Seus irmãos mais velhos eram Antônio Pereira da Silva, Emília de Arruda, Assis Pereira da Silva, Maria do Carmo Pereira, Renato Pereira da Silva e Alfeu Pereira da Silva.
Embora tenha nascido em outubro de 1917, só o registraram oficialmente como Afonso Pereira em 18 de janeiro de 1918, conforme consta na segunda via do registro de nascimento emitida pela Fada em 16 de janeiro de 1961.
Durante sua infância, Afonso viveu em Bonito de Santa Fé, onde teve suas primeiras experiências e estudou com o professor Andrelino Timotheo. Após o falecimento de seu pai, a família mudou-se para a cidade de Cajazeiras, na Paraíba. Foi lá que Afonso cursou o ensino primário no Instituto São Luiz, fundado por Hildebrando Leal e lecionado pelo professor Crispim.
Aos 11 anos, atendendo ao pedido do missionário alemão Frei Martinho Jansweid, Afonso ingressou no seminário apostólico São Pedro Gonçalves, no colégio Seráphico de Santo Antônio, em Parayba do Norte, então capital da Paraíba. Durante esse período, ele teve a oportunidade de receber uma educação tipicamente europeia, com ênfase no estudo de idiomas como alemão, grego, latim e francês, ministrados pelos professores José Batista de Mello e Cônego Nicodemos Neves.
No entanto, a ocupação da Renânia por Hitler em 1936 interrompeu os planos de Afonso de seguir a vida religiosa. Ele permaneceu no Brasil e enviaram-no para estudar no Colégio São Luiz de Tolosa em Rio Negro, no Paraná, onde se tornou seminarista franciscano e concluiu o segundo ciclo do curso secundário.Durante esse período, destacou-se em seus estudos linguísticos.
Em 1937, Afonso decidiu abandonar a vida sacerdotal e voltou para junto de sua mãe em Pombal, na Paraíba. Posteriormente, estabeleceu-se na cidade de Coremas, onde um de seus irmãos trabalhava na construção da Grande Barragem de Coremas. Sendo nesse período que Pereira testemunhou a dura realidade da fome, desemprego e analfabetismo, o que o levou a optar pela carreira de educador.
Afonso Pereira da Silva, com sua aparência suave, olhos azuis e altura de 1,77m, tornou-se um homem dedicado à causa da educação. Envolvido em diversas atividades como professor, diretor de teatro, escritor, deputado e jornalista, sua atuação foi marcada por inovações e um espírito franciscano de servir ao próximo.
Destacou-se na imprensa como um dos fundadores e o primeiro diretor do Jornal Correio da Paraíba, além de ter atuado como jornalista em outros veículos. Como professor, lecionou diversas disciplinas e foi um dos fundadores da Universidade Federal da Paraíba, onde também atuou como professor de economia.
Afonso Pereira da Silva dedicou-se incansavelmente à educação e cultura na Paraíba. Fundou a Fundação Padre Ibiapina, que criou mais de 114 instituições educacionais, e foi reconhecido como o maior professor do Brasil pelo Senado Federal. Sua atuação abrangeu desde o ensino fundamental até o ensino superior, com a criação de ginásios, escolas comerciais, escolas rurais, escolas técnicas, entre outras.
Além de sua contribuição para a educação, envolveu-se em diversas outras áreas, como astronomia, música e história. Foi membro de instituições renomadas, como a Academia Paraibana de Letras e o Instituto Histórico e Geográfico Paraibano.
Infelizmente, Afonso Pereira da Silva faleceu em 8 de junho de 2008, deixando um legado de dedicação à educação e cultura do povo paraibano. Ademais, sua influência e trabalho incansável transcendem gerações, tornando-o um símbolo da educação e um dos grandes educadores da Paraíba. Por fim, seu nome está eternizado na história da educação paraibana como um verdadeiro educador imortal.
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