Cidade do Cariri Paraibano receberá Encontro de Astronomia do Nordeste (XX EANE) nesta semana. Nesse sentido, quando o assunto é a promoção do conhecimento astronômico, o Nordeste brasileiro tem sua própria narrativa rica e inspiradora. A região, já conhecida por sua cultura vibrante e paisagens deslumbrantes, também desempenha um papel vital na exploração e compreensão do cosmos.
O Primeiro Encontro de Astronomia do Nordeste, que aconteceu entre 11 e 19 de julho de 1970 em João Pessoa, foi uma revelação. Organizado meticulosamente por Afonso Pereira e Rubens Azevedo, o evento foi uma iniciativa para discutir as recentes descobertas astronômicas, compartilhar pesquisas e mergulhar nas maravilhas do universo. Grandes nomes, como o Reitor Guilardo Martins e o cientista Carlo Borghi, diretor do Centro de Pesquisas Nucleares da UFPE, acrescentaram profundidade e prestígio ao encontro, atraindo tanto acadêmicos quanto entusiastas.
Este legado continuou a florescer. Cinco décadas depois, Taperoá, a cidade inspiradora das obras de Ariano Suassuna, sediou a vigésima edição do Encontro de Astronomia do Nordeste (EANE). Programado para junho de 2022, após um adiamento em 2020 devido à pandemia da COVID-19, o evento prometeu uma nova onda de descobertas e discussões. Esperava-se a presença dos principais nomes da astronomia da região, bem como uma série de atividades para a comunidade local. Esta edição, além de promover o entendimento astronômico, visou valorizar o Nordeste como um polo de difusão científica, destacando os benefícios geográficos da região, como clima favorável e baixa poluição luminosa.
O EANE foi, originalmente, uma ideia concebida na década de 1970 para fortalecer a interação entre entidades astronômicas, astrônomos profissionais e amadores do Nordeste. Seu crescimento e reconhecimento ao longo dos anos é um testemunho do fervor e do compromisso da região com a astronomia.
Dessas reuniões icônicas ao legado duradouro deixado por elas, a trajetória da astronomia no Nordeste é um lembrete da paixão humana pela exploração e do desejo insaciável de compreender o universo. E com cada novo encontro, o Nordeste reafirma seu lugar no cenário astronômico nacional e internacional.
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